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O poeta

"O Soneto é como uma prisão sem grades", Vinicius de Moraes

Lirismo é a grande marca de Vinicius, diz José Castello

"Palavras que dizem

Sempre um juramento

Para que precisem

Dele, eternamente."

Vinicius de Moraes é autor de algumas das frases e dos poemas mais conhecidos na literatura brasileira.

Apesar de ser mais conhecido por seus versos românticos, ele dedicou o início de sua carreira a uma produção carregada de espiritualidade, como se percebe na obra O Caminho para a Distância.

“São cerca de 40 poemas intimamente ligados num só movimento, vivendo e pulsando juntos”, diz o poeta no texto de apresentação de seu primeiro livro.

Na segunda fase, Vinicius assume uma forte característica da sua obra: retrata o cotidiano, ressaltando as mulheres e o amor. Nesta etapa, destacam-se os sonetos, que se tornaram sua marca registrada.

Mas a obra do poeta vai para além destes temas: Vinicius é também autor de poemas como Rosa de Hiroshima e O Operário em Construção, que criticam os problemas sociais e ganharam notoriedade como formas de denúncia.

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Fagner recita o poema
“Bom dia, tristeza”

Eucanaã Ferraz declama o
“Soneto da Separação”

Aderbal Freire-Filho interpreta
"A um passarinho"

Canção para alguém

"Queria me comunicar mais e de uma maneira mais simples", Vinicius

A música Garota de Ipanema é considerada uma das mais reproduzidas na história, com diversas traduções, em rádios de todo o mundo.

É também uma das principais canções da obra do compositor Vinicius de Moraes que, ao lado de Tom Jobim, criou as faixas do álbum Canção do Amor Demais.

O álbum marca o início da Bossa Nova, no final dos anos 1960, com clássicos como Chega de Saudade.

Caracterizada por interpretações vocais intimistas, batida suave no violão e letras que retratam o cotidiano, a boemia, o amor e as mulheres, a obra musical de Vinicius de Moraes soma mais de 300 títulos e teve parcerias com artistas como Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque - e segue como inspiração para vários outros até os dias de hoje.

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O amor entre Vinicius de Moraes e a Bahia começou em uma pizzaria no Leblon, no Rio de Janeiro, em 1969.

O poeta conheceu ali a atriz Gessy Gesse, que seria a sua sétima esposa. Naquele mesmo ano eles se casaram no Uruguai, e em 1971 passaram a morar em terras soteropolitanas.

E foi na Rua do Flamengo, 44, Farol de Itapuã, que Moraes construiu uma casa e viveu seu amor. Ali, compôs canções clássicas como Tarde em Itapoã, e homenageou Gessy com Morena Flor, Regra Três e Samba de Gesse, além de escrever o Soneto de Luz e Treva.

A cultura baiana e afro-brasileira também foi responsável por consolidar a parceria entre Vinicius de Moraes e Baden Powell, dupla importante na história da música brasileira.

Os afro-sambas são uma das marcas mais fortes dessa colaboração. A casa à beira-mar de Itapuã foi o lar de Vinicius até 1975, quando deixou Salvador já nos braços de um novo amor: Martinha.

Hoje, a residência foi incorporada a um hotel, e em frente há uma praça com uma estátua de Moraes sentado em uma mesa de bar.

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Em 1943, quando já era um respeitado poeta, jornalista e crítico de cinema, Vinicius de Moraes ingressou no Itamaraty por meio de concurso público.

Exerceu a função de diplomata em Los Angeles, Montevidéu e Paris.

Uniu a nova profissão à indissociável relação com a arte, ajudando a disseminar a cultura brasileira mundo afora.

Apesar da sua contribuição para a diplomacia brasileira, as relações internas no Itamaraty ficaram tensas com a Ditadura Militar.

Vinicius passou a fazer sucesso como músico e era impossível conciliar o espírito boêmio com os protocolos e formalidades da diplomacia.

Ele foi aposentado compulsoriamente do cargo em 1969.

Em 2010, Vinicius foi homenageado pelo Ministério das Relações Exteriores e o governo brasileiro, quando recebeu a promoção póstuma a Ministro de Primeira Classe da carreira diplomática.

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"Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto, não tinha nada"

Não só de boemia é formada a obra de Vinicius de Moraes. O autor expressou o seu talento deixando, também, uma obra dedicada à criançada.

Em 1975, foi lançado o livro Arca de Noé, cujos poemas foram musicados e lançados posteriormente, em dois álbuns, em 1980 e 1981.

As músicas têm linguagem simples para conquistar os pequenos, e falam das características de diversos animais e outros temas que se referem ao universo infantil. Muitas delas, como O Pato, A Casa e O Relógio se tornaram clássicos nos anos 1980.

Outra música muito popular, Aquarela, também tem um dedo de Vinicius: ele fez a letra da música Uma rosa em minha mão, de 1974, cuja melodia foi usada por Toquinho e pelo italiano Maurizio Fabrizio para o clássico que conquista também os adultos.

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Se todos fossem iguais a você

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Assisa aos clássicos de Vinicius interpretados por grandes artistas como Joyce Moreno, Mariana de Moraes, João Bosco
e Adriana Calcanhotto

Adriana Calcanhotto interpreta
"Eu sei que vou te amar"

Mariana de Moraes interpreta "Formosa"

Mônica Salmaso interpreta "Insensatez"

Leo Gandelman interpreta "Lamento"

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Jards Macalé interpreta
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