Em agosto de 1941 entra no ar o Repórter Esso – Testemunha Ocular da História - na Rádio Nacional. Marco do radiojornalismo no Brasil, ficou no ar por 27 anos ininterruptos. Uma das notícias que causaram comoção entre os brasileiros foi o suicídio de Getúlio Vargas.
Na madrugada do dia 1º de abril de 1964 (com o Golpe Militar em andamento desde o dia anterior), Rubens Paiva, deputado federal por São Paulo, fez um apelo ao vivo pela Rádio Nacional em defesa da legalidade do presidente João Goulart.
A credibilidade do Repórter Esso era tamanha que o povo brasileiro somente acreditava nas notícias quando anunciadas por Heron Domingues, jornalista e apresentador do programa. Outro exemplo marcante da história brasileiro foi o anúncio do fim da Segunda Guerra Mundial – aqui nesta gravação, Heron simula do fim do combate.
Cinelândia Matinal era o noticiário de cinema da Rádio Nacional. Apresentado pelo crítico de cinema Adolfo Cruz, o programa entrevistava artistas de segunda a sábado às 10h15. Aqui a entrevista com a artista da Nacional, Marlene, Adolfo Cruz faz perguntas sobre o filme “Adeus problemas”.
Transmissão da prova de Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo durante os Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952. Foi a primeira conquista de Adhemar em Olimpíadas e a primeira medalha de ouro do atletismo olímpico brasileiro. Neste período, a rádio era comercial e este boletim era patrocinado pela Casas Garson.
Entrou na Nacional em 1943, onde também foi repórter e locutor de corridas de automóveis. Ouça a narração de Curi para o gol da seleção brasileira sobre a Colômbia, em 1969, marcado por Tostão. Aqui a íntegra do quadro Rádio faz História, que vai ar ar na MEC AM, com Marco Aurélio Carvalho.
Os jogos da XV Olimpíada foram realizados na cidade de Helsinque/Finlândia em 1952. Esta edição olímpica registrou um recorde de participantes: 69 países e 4955 atletas. O Brasil levou a sua maior delegação de atletas desde sua estreia em Olimpíadas e ficou na 24ª posição.
O cenário em que Gonzagão provocou a revolução na música popular brasileira com o baião foi o auditório da Rádio Nacional. Gonzaga se encantou com a figura do animador de auditório ao ver o sanfoneiro Pedro Raimundo vestido como típico homem dos pampas e pensou “vou imitar esse homem: ele no Sul, eu no Norte”.
Orlando Silva oi o primeiro cantor exclusivo da Nacional e integrou o cast desde a criação da emissora. Aqui, ele canta a valsa “Quero beijar-te ainda” no programa que comemorava os 20 anos da rádio. A música é de Paulo Tapajós, que também fazia parte do quadro da Nacional.
A cantora que lotava o auditório da Nacional sozinha, com o Trio de Ouro e com Herivelto Martins, foi também Rainha do Rádio e possuía um grande público. Aqui ela canta “Esta noite serenou”.
Ícone da época de ouro do rádio, Cauby Peixoto se tornou o grande ídolo da emissora nos anos 50. Sua voz aveludada, seus trajes, beleza e repertório arrebatava fãs, que chegavam a rasgar as roupas do cantor. Aqui ele canta “Blue Gardenia” e “Conceição” na revitalização da Nacional, em 2003.
A eleição para Rainha do Rádio se assemelhava a de um pleito político, com mobilização de fã-clubes, empresas e dos próprios artistas. No fim dos anos 50, nasce a famosa rivalidade Emilinha e Marlene. A divisão foi criada entre o próprio público e era comercialmente interessante para a emissora. Pessoalmente, elas eram amigas.
Em comemoração aos 75 anos da Nacional, o músico e apresentador do programa Garimpo, Cláudio Jorge, entrevistou Chico Anysio que detalhou seu lado compositor. Confira trecho da conversa e conheça as músicas compostas pelo ator escutando na íntegra o programa.O Garimpo continua no ar aos domingos, às 11h.
Fundado por Jacob do Bandolim, o conjunto de choro possui programa de auditório na Nacional. Novos e consagrados músico se apresentam com o conjunto, capitaneado por Jorginho do Pandeiro, mestre do instrumento que ingressou pela primeira vez na emissora em 1948. Ouça aqui um recho da participação de Paulinho da Viola no programa e clique aqui para escutar ao programa na íntegra.
O mundo do samba tem espaço diário na Nacional com o programa comandado pelo comunicador, historiador e compositor Rubem Confete. Você escuta um trecho da participação do sambista Monarco no programa.Clique aqui para escutar ao programa na íntegra.
O programa Piadas do Manduca, integrado por nomes como Renato Murce, Castro Barbosa, Anamaria, Lauro Borges e Brandão Filho, levava humor pelas ondas do rádio. O próprio Manduca era interpretado por Brandão Filho. Os demais personagens do programa também sucesso da Nacional.
Criado por Max Nunes e Paulo Gracindo, o humorístico marcou época e contava as piadas e desavenças dos moradores que na história moravam no edifício A Noite. Sucesso nos anos 50 na Nacional, foi levado para Rede Globo em 1968. Muitos dos quadros faziam forte crítica social, expondo mazelas da sociedade brasileira.
Em geral, os programas humorísticos da Rádio Nacional eram apresentados ao vivo, na presença de um público que lotava o auditório da emissora. Na ficção, a PRK-30, a mais divertida emissora do mundo, entrava em cadeia com a Nacional para levar o riso aos ouvintes.
O programa Grande Teatro De Millus ia ao ar pela Nacional semanalmente com o patrocínio da marca de lingerie e com histórias baseadas em obras de teatro de grandes autores. Aqui um trecho do capítulo com atuação de Paulo Gracindo e Daysi Lúcidi – a atriz compõe até hoje o quadro da Nacional com o programa Alô Daisy.
A novela “O Direito de Nascer” estreou no dia 8 de setembro de 1951 e ficou no ar até setembro do ano seguinte. Com elenco era formado por grandes nomes, como Paulo Gracindo, Yara Salles, Isis de Oliveira e Mário Lago, a produção chegou a alcançar a marca de 73% de audiência.
Jerônimo, o Herói do Sertão foi um personagem criado, em 1953, por Moyses Weltman, especificamente para a Rádio Nacional. Jerônimo era interpretado por Milton Rangel e Moleque Saci, por Cauê Filho. O sucesso na Rádio Nacional ultrapassou as barreiras do rádio e tornou-se um dos grandes sucessos TV Tupi.
Chamada para estreia da novela “O Romance da Eternidade”. De acordo com a propaganda, é uma “ “soberba radiofonização” escrita por Ghiaroni para a Rádio Nacional e transmitida na Semana Santa de 1959 e “a maior realização do rádio de todos os tempos”
Direcionada às mulheres, a chamada destaca que a novela “Rodrigo, o corsário romântico”, de Cícero Acaiaba, de 1956, tem tudo que a ouvinte espera de uma boa novela: “romance, aventura e surpresas inesquecíveis”. A voz é do radioator protagonista, Roberto Faissal.
Depois de 17 meses com o país sendo governado pelo sistema parlamentarista, em 1963 foi feito plebiscito e a população selou a volta do presidencialismo com o presidente João Goulart, que em 64 foi deposto pelo golpe militar. Aqui a campanha pede o voto contra o sistema parlamentarista.
A “arte mágica dos ruídos” que eram feitas pelos sonoplastas reproduziam o cenário imaginado pelo ouvinte. O estúdio de radioteatro da Nacional tinha os mais diversos objetos: coco seco para reproduzir ruídos de cascos de cavalo, papel celofane que esfregado dá a impressão de incêndio e chapas de aço para sons de trovão.
Ramos secos de coqueiro davam a ideia de folhagem, panos de seda manuseados criavam o cenário de vestidos caros, instrumentos, apitos e pios reproduziam ruídos de vento, de navios, trens, lanchas, guardas, caça, sapos, grilos, e muitos outros sons.