Eu, trans

quero te mostrar quem sou

#PraTeMostrarQuemSou

Para responder a essas e outras questões, nada melhor do que ouvir quem passa por situações constrangedoras cotidianas e até mesmo por violências físicas graves por causa da transfobia.

Navegue pelos vídeos e conteúdos e entenda melhor o que é a transexualidade, a importância do nome social e os desabafos de quem sofre o preconceito no dia a dia e, ainda assim, mostra que é livre para ser o que quiser.

A descoberta sobre identidade
de gênero começa na infância

A liberdade sexual e de gênero e as novas configurações que surgem na sociedade a partir desse contexto podem provocar dúvidas entre aqueles que têm menos intimidade com o tema. Seja por desconhecimento ou por preconceito deliberado, homens e mulheres transexuais são vítimas de discriminação, diariamente.

Aline Marques nasceu em um corpo masculino, mas tinha identificação pelo universo feminino. Hoje, aos 37 anos e integrante do projeto Transcidadania em São Paulo, luta para ser respeitada como mulher e pelos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

O caminho percorrido por Aline, desde a infância até a transformação, é semelhante ao percorrido por muitos homens e mulheres trans. Um percurso longo de aceitação e luta retratado por diferentes personagens.

É o caso de Chopelly Glaudystton, 33 anos, transexual e ativista pelos direitos da população LGBT. Ela conta que se sentia mulher desde pequena, mas sofreu com a falta de informação sobre identidade de gênero:

“Antes, a referência que a gente tinha era da Roberta Close. Hoje, você tem mais dados sobre transexualidade, o que ajuda meninas novas a se descobrirem.”

Identidade de gênero não é o mesmo
que orientação sexual

Você sabe a diferença entre um transexual e uma transexual?
E que identidade de gênero e orientação sexual são coisas diferentes?

Além de ser vítima de ódio e discriminação, os transexuais ainda são desconhecidos por boa parte da população. E a falta de conhecimento impede que transexuais sejam tratados da maneira adequada, mesmo nos casos em que há respeito por parte do interlocutor.

A gestora pública Ana Paula Benete, que trabalha com ações de inserção profissional de mulheres trans no Distrito Federal, esclarece que uma mulher transexual é "alguém que nasce como homem (sexo biológico), mas se reconhece como mulher".

A falta de conhecimento se deve em parte ao tratamento que a grande mídia dá aos transexuais, defende a universitária pernambucana Maria Clara Araújo, jovem que se tornou um símbolo nas redes sociais da luta pelos direitos dessa população:

“Quando a grande mídia fala sobre transexualidade, é apenas sobre amputações, prostituição, ou quando um homem hétero sai com um transexual.”

Uma confusão recorrente acontece quando as pessoas tentam associar identidade de gênero e orientação sexual. “A gente tem que entender que o que te desperta o desejo é diferente do gênero que você vive; são duas coisas diferentes”, complementa Lam Matos, coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat) no Distrito Federal.

Entenda as diferenças entre identidade de gênero,
orientação sexual e sexo biológico no infográfico:

O preconceito começa cedo
e se transforma em violência

Muitas vezes, as violências transfóbica e homofóbica começam desde cedo tanto no ambiente familiar quanto escolar e evoluem para agressões sérias no espaço público. Essa é a opinião de Ângela Moisés a partir de sua experiência como integrante da Associação de Mães pela Diversidade.

Ângela, que viu sua filha ser apedrejada somente por ser lésbica, considera que a família é uma das principais, se não a principal responsável pela perpetuação do desrespeito ao outro. Como solução, a mãe lista no vídeo acima atitudes que os pais e as mães podem tomar quando precisam lidar com a notícia de que seus filhos são homossexuais.

Do ambiente familiar para as ruas, a homofobia se concretiza de diversas formas: desde comentários ofensivos e xingamentos, até atos de violência física que matam.

O Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, da Secretaria de Direitos Humanos, apontou o recebimento, pelo Disque 100, de 3.084 denúncias de violações relacionadas à população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), envolvendo 4.851 vítimas, no período de um ano. O documento de 2012 é a fonte mais recente de dados oficias do governo sobre a violência LGBT.

Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 166% no número de denúncias – em 2011, foram contabilizadas 1.159 denúncias envolvendo 1.713 vítimas.

Denúncias de violações relacionadas à população LGBT recebidas pelo Disque 100

Fonte: Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos em 2012.

Total de vítimas LGBT envolvidas nas denúncias recebidas pelo Disque 100

Fonte: Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado pela Secretaria de Direitos Humanos em 2012.

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoia os direitos da população transgênero.

Cartunista Larte utiliza humor para combater transfobia. Foto da cartunista Laerta em primeiro plano, antes da entrevista ao programa Espaço Público.

Laerte é transexual e utiliza o humor nos seus cartuns para combater pensamentos conservadores.

Preconceito ou incompreensão?

Enquanto a incompreensão é a incapacidade de perceber o significado de algo, o preconceito é definido como sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio. Em outras palavras, intolerância. Na visão da cartunista Laerte Coutinho, as distorções de conduta - que levam a diferentes atos de violência - se devem mais ao preconceito do que à incompreensão. Para a artista, não basta que a família mude sua postura:

“As escolas também precisam se envolver. Não dá para deixar só na mão da família. Esse é um ponto de vista idiota de manutenção do sofrimento.”

Cenário de violência online e offline

Se na vida "real" a homofobia é muito presente, nas redes sociais ela se amplifica. São cotidianos os casos de usuários ofendidos e perseguidos na internet por sua orientação sexual fora do padrão heteronormativo. Apesar da aparente intensidade, o deputado federal, Jean Wyllys (Psol-RJ), entende que as falas das redes sociais não podem ser vistas como verdade absoluta:

“Não se deixe impressionar pela quantidade de xingamentos. Há muito mais gente amorosa, mais gente que gosta. O fato é que o amor é silencioso e o ódio, diligente.”

Apesar dos cenários desfavoráveis, quem vive o preconceito aponta o amor como resposta aos números alarmantes de violência homofóbica. Na visão de Júlio Pinheiro, coordenador da Parada LGBT de Brasília, a felicidade e o apoio podem contribuir para desconstruir todo um passado de violência:

“O objetivo do preconceito é o mesmo daquele menino que te batia na escola quando criança. Ele não quer ou consegue te ver feliz.”

Prazer, eu sou o que meu nome social representa

“Como você se chama?”

Nome Social

é a maneira de se referir a travestis e pessoas transexuais pela forma como preferem ser chamadas, já reconhecida legalmente para uso em sistemas de saúde, algumas universidades e outros espaços pelo país.

A pergunta, banal para a maioria das pessoas, pode ser fonte de imenso constrangimento para travestis e transexuais. Quando o nome registrado na carteira de identidade não corresponde ao usado no dia a dia, tal situação pode gerar mal-estar para quem se identifica com seu nome social.

Muitas vezes, a pessoa é obrigada a se deparar com uma lembrança que preferia deixar no passado ou até mesmo enfrentar a acusação de falsidade ideológica. Mas o nome social não é crime: ao contrário, busca representar como a pessoa se enxerga em relação ao seu próprio gênero.

O coordenador do Instituto Brasileiro De Transmasculinidade (Ibrat) no Distrito Federal, Lam Matos, explica que, na dúvida sobre o gênero da outra pessoa, o melhor é perguntar “Qual é o seu nome?”, e a partir daí usar o nome indicado por ela, sem jamais perguntar o nome de registro. Afinal, “a melhor forma de tratar a pessoa trans é com educação”, completa.

“Sempre tem quem pergunta: qual é o seu nome de verdade? Não seja a pessoa que vai puxar essa recordação que nos machuca e muito”, alerta Lam.

Nome social e os reflexos no mercado de trabalho

O não uso do nome social e o preconceito geram impactos na trajetória escolar de um transexual, e por consequência na inserção no mercado de trabalho. De acordo com Cris Stefanny, presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), 90% das travestis e transexuais optam pela prostituição para se sustentar. “Simplesmente não há oportunidades de trabalho. As poucas que não estão nas ruas estão em serviços subalternos”, afirma.

Rafaela Damasceno, 39, uma das primeiras transexuais a entrar em uma universidade pública no Brasil, atribui a dificuldade em conquistar uma vaga no mercado de trabalho à transfobia: “Temos companheiras que têm curso superior, mestrado. Você deixa seu currículo. Quando a pessoa vê que é uma transexual - porque normalmente colocamos o nome de registro – ela diz: muito bem, seu perfil é maravilhoso. Mas coloca [o currículo] dentro da gaveta e você pode saber que eles não te chamam, infelizmente”, desabafa.

Para saber mais:

Como mudar o nome do registro civil?

Cisgênero

é a pessoa que reconhece ser pertencente ao gênero que lhe foi designado ao nascer a partir da definição do sexo biológico.

Se o nome na identidade causa constrangimento, a mudança de nome na Justiça não resolveria o problema, então? Segundo Frederico Viegas, professor de Direito da Universidade de Brasília (UnB), o processo para pedir a mudança de registro não faz distinção entre pessoas trans e cisgênero (confira mais informações sobre o procedimento aqui).

É necessário entrar com um processo judicial e fazer a comprovação para justificar a alteração, mas o tempo para a conclusão varia entre os estados, de acordo com o advogado. No entanto, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) indica que transexuais têm duas vezes mais dificuldade no processo, como pode ser visto na reportagem da TV Brasil.

Dignidade no ambiente escolar

Rafaela Damasceno foi uma das primeiras transexuais a entrar em uma universidade pública no Brasil, em 1999. O que parecia uma grande conquista, no entanto, acabou virando pesadelo. Após sofrer discriminação e perseguição em sala de aula, ela resolveu abandonar o curso de geografia na Universidade Federal de Goiás (UFG) a um ano de se formar. À época, ela ainda não havia conseguido trocar o nome em todos os documentos. Alguns professores se recusavam a chamá-la pelo nome social e outros, simplesmente, “pulavam” o seu nome na lista de chamada. “Eu era vista como se fosse um bicho num zoológico. As pessoas iam lá na faculdade, passavam por mim no corredor, chegavam no final do outro corredor e perguntavam: 'onde é que está a transexual que estuda aqui?'. Eu me sentia como se fosse um animal”, diz.

Os entrevistados relatam que a adoção do nome social tem imenso impacto na autoestima e no exercício da cidadania. “Graças ao nome social, eu tenho a garantia de permanecer com dignidade e respeito no ambiente escolar. Com ele, eu consigo ter uma correspondência com o que eu expresso e com a forma como eu me identifico internamente”, diz o estudante Bernardo Mota, de 18 anos.

Contudo, ainda falta maior preparo das escolas para lidarem com a diversidade.” Você tem ideia do que é chegar numa escola sendo uma mulher transexual e a pessoa da escola dizer que poderia te matricular mas não garantir a sua integridade? Como é que uma instituição não garante a integridade de um de seus membros, sendo travesti ou sendo qualquer outro tipo de pessoa?”, desabafa Aline Marques, presidenta da organização não governamental Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais (Gretas), de São Paulo.

A cearense Luma de Andrade, professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e considerada a primeira travesti a concluir doutorado no país, diz encarar o título com alegria, mas também com tristeza. “Alegria por ter conquistado um espaço ainda não ocupado por uma travesti e, ao mesmo tempo, muita tristeza, porque outras outras travestis sequer chegam ao ensino fundamental”. Ela ressalta também a importância do nome social.

Apesar dos desafios, a educadora diz que é possível subverter a lógica conservadora e “buscar esse lugar de muitos enfrentamentos, mas de muita possibilidade de realização”.

De "clandestino" a símbolo da luta trans

João Nery, 65 anos, é apenas um entre os vários homens transexuais, que nasceu em um corpo feminino, mas sempre se sentiu como homem. “Desde que me entendo por gente, aos 3 ou 4 anos, eu já queria ser tratado no masculino. Eu sabia que isso não podia ser explicitado verbalmente. Então eu corrigia mentalmente, e toda vez que me tratavam por 'ela' eu passava para 'ele'”, lembra.

Em uma época em que não se falava em transexualidade, João Nery ousou ao firmar uma trajetória de busca e construção da própria identidade. É o primeiro homem transexual brasileiro a ter sido operado e hoje batiza um projeto de lei de autoria dos deputados federais Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Érika Kokay (PT-DF) que facilita os trâmites para mudança de nome e gênero.

Ainda na infância, João brincava dentro de casa porque na praça era chamado de "Maria Homem”. Na adolescência começaram a aparecer as características físicas femininas. “Começou a brotar um corpo pior ainda. Fui crescendo aos trancos e barrancos, sem um rótulo”, explica.

Depois veio a década de 1970 e a moda unissex e João se sentiu livre para cortar o cabelo curto e usar calça jeans. “Eu era uma figura ambígua. Com 22 anos, eu já vivia duas vidas socialmente antagônicas. Eu era mulher para os amigos, parentes e colegas de trabalho. E era visto como uma figura masculina para os desconhecidos. Era uma loucura. Eu nunca sabia se iam me chamar de senhor ou de senhora”.

Ele começou a transformação física pela redução das mamas. Em 1976, fez a retirada do útero e dos ovários. “Em 77, finalmente, fiz a mamoplastia masculinizadora e uma neouretra, para poder urinar em pé”, relata. À época, esse tipo de cirurgia era considerada crime no Brasil. Depois de muito procurar, João descobriu que havia uma equipe de médicos no Rio de Janeiro que estava começando a estudar a transexualidade e a fazer operações em caráter experimental. João não pensou duas vezes e se submeteu à cirurgia de forma clandestina.

O projeto de lei que leva o nome de João Nery baseou-se em uma legislação argentina e determina que o reconhecimento da identidade de gênero é um direito do cidadão. Atualmente, o PL encontra-se na Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

O corpo é meu: cirurgia de “mudança de sexo”, pode ser feita pelo SUS

Desde 2008, com a publicação da portaria nº 457, pessoas transexuais têm acesso aos procedimentos para garantir a cirurgia de transgenitalização, conhecida popularmente como “mudança de sexo”, e a readequação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria nº 2.803, de 2013, ampliou o atendimento para homens e mulheres transexuais.

O caminho da transformação é longo. O processo inclui ainda atenção psicológica e tratamento hormonal. O total de pacientes atendidos não é divulgado pelo Ministério da Saúde, mas, até abril de 2015, haviam sido feitas 268 cirurgias, número superior ao de pacientes, uma vez que a quantidade de procedimentos varia caso a caso.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas trans sentem a vontade ou necessidade de fazer a cirurgia de readequação sexual. A jornalista e modelo Carol Marra e a analista de sistemas Daniela Andrade, ambas transexuais, explicam que nem todas querem fazer o procedimento. Elas participaram do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, que trouxe como tema a transexualidade.

A demora e o complexo processo até chegar à cirurgia leva algumas trans, geralmente com maior poder aquisitivo, a buscar o procedimento em outros países. Foi o caso da delegada Laura de Castro Teixeira, que decidiu ir à Tailândia para realizar o sonho. “Foi como se eu nunca tivesse tido um órgão masculino. Foi simplesmente acordar e tocar a vida”, lembrou ela à equipe do Caminhos da Reportagem.

Como é o processo

Fabiana Melo Oliveira fez a cirurgia há 13 anos, em Barcelona, na Espanha. “Entrei na sala de cirurgia às seis da tarde e saí meia-noite. Naquela época demorava muito, hoje não é tanto. A dor que eu senti era uma dor suportável, a felicidade era maior. Para mim, era uma necessidade. Eu não me via com a minha genitália”, explica Fabiana.

O chamado processo transexualizador é um conjunto de estratégias de assistência para pessoas transexuais que desejam realizar mudanças corporais por identificar o desacordo entre seu sexo biológico e o gênero (masculino ou feminino) com que se identificam.

A idade mínima para atendimento clínico e terapia com hormônios é de 18 anos e para cirurgias, de 21 anos. Há um acompanhamento mensal prévio de, no mínimo, dois anos por uma equipe multiprofissional, que inclui endocrinologistas, psiquiatras, médicos clínicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Com o laudo favorável, o paciente é liberado para as cirurgias. Também está previsto atendimento de, no máximo, um ano no pós-operatório. Depois disso, o cuidado de saúde deve ser prestado pelos serviços da rede conforme a necessidade do usuário.

O psiquiatra e sexólogo Sérgio Almeida detalhou ao Caminhos da Reportagem (vídeo ao lado) o processo pelo qual transexuais em busca da cirurgia passam no SUS. “A cirurgia é irreversível, então o diagnóstico tem que ser totalmente preciso”. O médico comentou também sobre casos em que os pacientes não continuam no acompanhamento pós-cirúrgico por associar a equipe médica a um passado ao qual não se quer voltar, e chamou a atenção também que pacientes não devem esperar que a cirurgia automaticamente solucione todos os seus problemas e conflitos. “A vida não vai mudar. Vai mudar a parte genital”, reforça.

Para pessoas que nasceram com o sexo biológico masculino e se identificam com o gênero feminino, há a possibilidade de fazer a amputação do pênis e construção de uma vagina, redução do Pomo de Adão ou alongamento das cordas vocais e colocação de implantes de silicone. Já quem nasceu com o sexo biológico feminino e se identifica com o gênero masculino pode ser submetido à retirada dos seios, útero e ovários; cirurgia de cordas vocais e implante de próteses peniana e testiculares.

Como conseguir

O primeiro passo é procurar um serviço de saúde do município em que o paciente vive. Caso a demanda seja para realização do processo transexualizador, a Secretaria Municipal de Saúde deve fazer o encaminhamento a um serviço habilitado, seja no próprio município ou em outro local.

Existem alguns serviços ambulatoriais em funcionamento que foram implantados por iniciativa local, como os de João Pessoa (PB), Uberlândia (MG), Curitiba (PR) e São Paulo (SP), entre outros.

A legislação brasileira garante que toda pessoa transexual deve ser acolhida com humanização e ter respeitado seu nome social.